A psicoterapia pode reduzir os riscos de suicídio?

Suicídio

A psicoterapia pode reduzir os riscos de suicídio?

Em algum momento você já sentiu vontade de cometer suicídio? Quem chega ao ponto de querer tirar a própria vida acredita que não consegue mais suportar o problema pelo qual está passando e nem acha que existe alguma solução para ele.

Muitos podem ser os motivos que levam alguém a desenvolver comportamentos suicidas: depressão, uso de álcool e drogas, situações tristes inesperadas (perda de um emprego feliz, falecimento de um ente muito querido), dívidas, entre outros.

As mortes decorrentes de suicídio precisam ser encaradas com mais atenção e seriedade pela população em geral. Só no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, divulgados em 2018, mais de 106 mil pessoas cometeram este ato entre 2007 e 2016. O enforcamento foi o método utilizado em 60% dos casos e a intoxicação foi utilizada por 18% das pessoas, sendo 70% mulheres.

Atentar contra a própria vida não pode ser considerado uma forma de querer chamar atenção. Antes de fazer este ou qualquer outro julgamento equivocado a respeito da pessoa que tem ideias suicidas, é importante entender os motivos que a levaram a este pensamento e ajudá-la a superar este momento difícil.

 

Quais os principais sinais das pessoas que desejam cometer suicídio?

As ideias suicidas não nascem da noite para o dia. Muitas vezes, a pessoa se recusa a compartilhar seus problemas e inquietações e deixa que eles ganhem proporções capazes de causar fortes abalos emocionais. Sem saber lidar com a dor que sufoca, pensa que a morte é a única solução que pode colocar um ponto final no sofrimento.

Antes de pensar ou tentar o suicídio, o indivíduo costuma dar alguns sinais. Por isso, é muito importante que amigos e familiares saibam identificá-los para prestar a assistência correta.

Confira alguns alertas de quem pensa em suicídio:

  • A pessoa começa a falar sobre suicídio

Em boa parte dos casos, a pessoa que não deseja mais viver começa a falar bastante suicídio. Frases como “queria acabar com tudo”, “não aguento mais” e “queria desaparecer” são ditas de maneira mais enfática, frequente e ameaçadora. Mais do que um pedido de ajuda, esse comportamento é sinal de que ideias suicidas estão sendo nutridas.

  • Mudanças bruscas de comportamento

Uma pessoa muito carinhosa que passa a ser rude, ou que gosta de sair com os amigos e, de repente, se isola ou ainda que gosta de se comunicar e passa a não querer conversar. Tudo isso pode indicar que algo não anda bem.

Todos nós precisamos de um tempo só nosso, mas quando uma mudança brusca de comportamento se mantém por um longo período, é importante acompanhar de perto.

  • Fazer despedidas e sanar pendências

Fazer discursos emotivos de despedidas entre amigos e familiares ou nas redes sociais, abraçar e chorar fora de hora e começar desesperadamente a sanar dívidas e vender imóveis são comportamentos merecem atenção de amigos e familiares. Isso porque algumas pessoas que planejam um suicídio têm o desejo de partir sem deixar problemas para os outros resolverem.

  • Começam a se expor a riscos

Quem zela pela própria vida procura dirigir corretamente, pratica o autocuidado e evita todo tipo de perigo. Já a pessoa que pensa em cometer suicídio se mete em brigas com facilidade, anda em lugares que sabe que são perigosos e dirige de maneira irresponsável. Em certos casos, ocorre também a automutilação, já que existe um baixíssimo comprometimento com a autoestima.

  • Depressão ou abuso de álcool ou drogas

Problemas psicológicos como depressão ou vícios com álcool e drogas podem potencializar o desejo de suicídio. Estudos revelam que pessoas com transtornos afetivos e mentais, entre eles a depressão, apresentam mais chances de desenvolver ideias suicidas.

E quando essa pessoa combina intensas oscilações de humor com substâncias como álcool e drogas ilícitas os riscos podem ser ainda maiores.

  • Sensação de desesperança

Quem apresenta algum tipo de doença permanente e incapacitante, ou que perde a companhia de alguém que considerada essencial, pode desenvolver ideias de que a vida perdeu o sentido, desejando tirar a própria vida.

  • Melhora súbita

Fazer de conta que está tudo bem com sua vida às vezes é uma estratégia utilizada por alguém que deseja tirar a própria vida. Ao fazer amigos e familiares acreditarem que não precisam estar presentes o tempo todo, a pessoa que deseja cometer suicídio acaba conseguindo o isolamento que necessita para praticar o ato.

Assim como as ideias suicidas não surgem da noite para o dia, é importante lembrar que, de acordo com estudos nacionais e internacionais, as pessoas costumam fazer algumas tentativas antes de conseguir, de fato, tirar a própria vida.

 

Como ajudar uma pessoa com comportamentos suicidas?

Ao perceber que alguém próximo apresenta desejos suicidas, a primeira coisa a fazer é se aproximar e tentar entender o que está acontecendo. Muitas vezes, a vontade de tirar a própria vida surge porque a pessoa não consegue mais lidar com a dor, e falar sobre o assunto pode ser um caminho para se sentir mais aliviada.

Nessa hora é importante ouvir mais e falar menos e evitar qualquer tipo de julgamento. Criticar a situação só tornará a pessoa ainda mais triste e convicta de que ninguém será capaz de ajudá-la.

Como forma de conforto, vale ressaltar a importância que essa pessoa tem para os amigos e familiares, a falta que ela fará, enumerar suas conquistas e tudo de bom que ainda pode conseguir na vida.

Além de ouvir a pessoa, é essencial encaminhá-la para uma orientação psicológica. Ao fazer sessões de psicoterapia com um profissional especializado, o indivíduo compreenderá melhor as causas do seu desejo de morrer, terá chances mais claras de encontrar caminhos para resolver os problemas e fazer com que a vida volte a ter sentido. Em certos casos, o uso de medicamentos acompanha o tratamento.

Se você se identificou com os comportamentos suicidas ou conhece alguém que precisa de ajuda, venha conhecer a clínica de psicologia Desenvolviver.

Criado em 2017, pela psicóloga Fernanda Correa Brito (CRP 06/102387), o consultório de psicologia está localizado próximo ao metrô Santa Cruz, zona sul de São Paulo, e conta com equipe de psicólogas experientes e com diferentes especializações, todas credenciadas no Conselho Regional de Psicologia.

Além do atendimento presencial, a Desenvolviver oferece a psicoterapia online. Para agendar a sua consulta, ligue (11) 98229-5799 ou mande um e-mail para recepcao@desenvolviver.com.

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Fernanda Correa Brito Araujo
Fernanda Correa Brito Araujo

Idealizadora e supervisora clínica da Desenvolviver, a psicóloga Fernanda Correa Brito Araujo (CRP 06/102387) tem especialização em Psicanálise Clínica, Neuropsicologia e Psicologia do Trânsito, forte experiência em Perícia Forense, Psicologia Escolar e Recursos Humanos, com passagem por multinacionais como Roche, Allergan e General Eletric do Brasil.

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