Como a psicoterapia atua no autismo em adultos?

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Como a psicoterapia atua no autismo em adultos?

A discussão sobre autismo em adultos ainda é um tabu. Para sermos justos, embora nos últimos anos a forma como lidamos e expandimos nosso conhecimento em relação ao Transtorno do Espectro Autista (TEA) tenha avançado bastante, ainda temos um longo caminho pela frente. Especialmente no que se refere a estudos, disponibilidade de informação e, principalmente, conscientização da sociedade.

No Brasil estima-se que existam cerca de 2 milhões de pessoas com TEA, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Deste total, é possível que boa parte tenha recebido o diagnóstico tardio, já na fase adulta.

Embora, de acordo com especialistas, a identificação precoce do transtorno seja a chave para garantir uma melhor qualidade de vida, o diagnóstico nem sempre chega na infância. E, então, como fazer?

Embora o diagnóstico tardio traga, invariavelmente, muitas implicações para o paciente, especialmente no que se refere ao desenvolvimento de suas habilidades sociais e atividades diárias, o transtorno ainda pode ser tratado na fase adulta. Os cuidados, é claro, são outros – e as preocupações também!

Autismo em adultos: como lidar?

Pouco se fala sobre o autismo em adultos. Talvez pela falta de estudos sobre o assunto ou, ainda, pelo fato de que o diagnóstico não é tão simples quanto parece. Afinal, estamos falando de uma pessoa que foi para o mundo sem qualquer atenção especial ou suporte necessário – muito embora esta seja uma condição que afeta o desenvolvimento neurológico e causa dificuldades de interação social, no comportamento e na comunicação.

É possível, ainda, que sintomas tenham passado despercebidos na infância ou adolescência a olho nu. Por outro lado, o paciente certamente vivenciou situações em que se sentia desconfortável. E finalmente entender o porquê disso, ou por que algumas coisas aconteceram ou foram conduzidas de um jeito ou de outro, é fundamental para uma vida mais centrada e boa.

Nesse cenário, a psicoterapia pode desempenhar um papel importante. Do diagnóstico ao acompanhamento, os profissionais estão preparados para ajudar o paciente a identificar e lidar com as situações e desafios associados ao autismo em adultos, com foco no gerenciamento do estresse e respostas a mudanças repentinas, por exemplo.

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Além disso, esse tipo de terapia vai além e permite a utilização de elementos e abordagens específicas, desenvolvidas para tratar pessoas com TEA – sejam adultos ou crianças. É o caso da Análise do Comportamento Aplicada (ABA), por exemplo. O tratamento usa técnicas que visam trabalhar mais comportamentos adequados, reduzindo aqueles que podem ser prejudiciais para as relações, a exemplo dos agressivos, ou que interferem no aprendizado.

Eficaz para melhorar as habilidades de comunicação e relacionamento social, a intervenção visa também auxiliar no aperfeiçoamento de habilidades básicas e complexas, provavelmente já desenvolvidas em menor escala nos adultos com autismo.

Embora existam mecanismos que prometem mudar a realidade dos pacientes, sejam adultos ou crianças, o processo nem sempre é fácil. Ainda mais quando falamos de uma pessoa que lutou a vida inteira para se encaixar em um padrão: o alívio vem e traz consigo as respostas, ao mesmo tempo em que a preocupação e o preconceito batem na porta pelo outro lado.

É preciso, portanto, desmistificar a condição e entender que estar dentro do espectro autista não impõe um limite à inteligência ou relacionamentos – pelo contrário. Trabalhar essa autoaceitação, aliás, talvez seja o ponto principal do tratamento e o mais decisivo.

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Criado em 2017, pela psicóloga Fernanda Correa Brito Araujo (CRP 06/102387), o consultório de psicologia está localizado próximo ao metrô Santa Cruz, zona sul de São Paulo, e conta com equipe de psicólogas experientes e com diferentes especializações, todas credenciadas no Conselho Regional de Psicologia.

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Fernanda Correa Brito Araujo

Idealizadora e supervisora clínica da Desenvolviver, a psicóloga Fernanda Correa Brito Araujo (CRP 06/102387) tem especialização em Psicanálise Clínica, Neuropsicologia e Psicologia do Trânsito, forte experiência em Perícia Forense, Psicologia Escolar e Recursos Humanos, com passagem por multinacionais como Roche, Allergan e General Eletric do Brasil.

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