A cada dia o uso das redes sociais aumenta e cada vez prestamos menos atenção no mundo que nos cerca. Quanto mais olhamos para a tela dos celulares, menos olhamos para dentro, menos questionamos nosso mundo interno.
Do Facebook partem especialistas em todos os assuntos, porque afinal, ali posso dizer o que eu quiser sem correr o risco de ser criticado (e se existir a crítica, posso apagar o que escrevi, ou pior, apagar o que o outro escreveu). Não corro o risco de ser julgado, mas posso julgar o quanto quiser.
Criou-se a prerrogativa de ver o mundo a partir do meu parâmetro, sem a necessidade de ser coerente, razoável ou sensato – se o outro não concorda, posso deletá-lo, bloqueá-lo, sem o conflito direto que causaria se a opinião fosse dada frente à frente.
No mundo atual as redes sociais viraram locomotivas de ansiedades, incertezas e confusões, ao mesmo tempo que trazem novas ideias, ajudam empresas a ficarem mais próximas de seus clientes, impulsionam pessoas a se conhecerem por interesses em comuns.
Precisamos estar psicologicamente preparados para lidar com cada um desses conflitos que aparecem cada vez mais em nossos consultórios e criaram uma nova modalidade: a relação homem-mundo digital.