O bullying corresponde ao ato de receber ou realizar qualquer tipo de violência psicológica ou física por conta de características físicas, opções sexuais, religião, origem ou habilidades pessoais e profissionais de alguém.
Este assunto erroneamente tratado como brincadeira de criança ou uma piadinha não intencional pode causar consequências sérias. Sem intervenções e assistências corretas, o bullying pode provocar traumas que são levados para toda a vida.
É importante diferenciar o bullying do assédio moral. O assédio moral trata de agressões verbais esporádicas e, às vezes, difíceis de serem provadas. Já o bullying é uma prática persistente de agressões físicas e verbais, representadas por ofensas, insultos, piadas, isolamento intencional, entre outras ações.
Agressor e vítima: quais o comportamento dos perfis que envolvem o bullying?
O bullying é um assunto sério que envolve problemas de comportamento que precisam ser tratados com atenção por um psicólogo.
O agressor, quando tem consciência de suas inseguranças, geralmente tenta encobri-las humilhando as pessoas ao seu redor. Ao praticar o bullying, ele se sente fortalecido e acredita que este é o melhor caminho para melhorar sua própria autoestima.
As crianças, mesmo com pouca experiência de vida, também sabem praticar o bullying. Em certos casos, elas sofrem problemas graves dentro de casa (agressões, autoritarismo, violência verbal e física) e, como não sabem exatamente como lidar com tudo isso, externam seus sentimentos agredindo outras crianças quem acreditam serem mais frágeis.
Já a vítima normalmente se sente impotente diante da situação. Ao ser humilhada e ver outras pessoas rindo, apontando o dedo ou simplesmente assistindo inertes às cenas, não se sente fortalecida o suficiente para denunciar o problema nem na escola e nem em casa, por acreditar que não será entendida e assistida como deseja.
Entendendo um pouco os comportamentos do agressor e da vítima do bullying, chegamos à conclusão de que os dois precisam de acolhimento e ajuda psicológica para enfrentar suas inseguranças da melhor maneira.
Quais as consequências do bullying?
Quando sofre bullying na adolescência ou na fase adulta, a pessoa consegue verbalizar ou reagir, mesmo que não faça nada por medo ou vergonha.
Já quando o problema é o bullying na infância, as consequências podem ser mais misteriosas, até porque a criança nem sempre sabe como se comportar diante da situação.
De uma maneira geral, as vítimas de bullying apresentam os seguintes comportamentos:
- Isolamento social, por achar que todo mundo lhes fará algum mal
- Medo de relacionamentos sociais e afetivos
- Choro constante e sofrido
- Ansiedade
- Depressão
- Baixa autoestima
- Agressividade, como forma de defesa
Quando a criança ou adolescente sofre bullying escolar, além de apresentar alguns desses sintomas, aparecem outros, como baixo rendimento, problemas de comportamento (recusa de executar trabalhos em grupo, por exemplo) e invenção de desculpas para não ir para a escola.
E, ao falarmos de bullying, logo nos vem à mente as humilhações que ocorrem dentro da escola. Mas não podemos restringir o problema a este ambiente. Também existe o bullying familiar e o bullying no ambiente de trabalho, conhecido como bullying empresarial.
Bullying familiar
Quando o bullying acontece no âmbito familiar, geralmente a pessoa passa a evitar reuniões na casa de parentes, arranjando sempre uma desculpa para ficar distante de seus agressores.
Bullying nas empresas
No bullying empresarial, o funcionário é ridicularizado por suas características pessoais e profissionais, tem seu nome envolvido em mentiras criadas por outros empregados e é isolado da equipe.
Neste caso, o profissional costuma ter sua autoestima colocada à prova, passa a duvidar de sua própria capacidade e acha que não é bom suficiente para encontrar algo melhor ou que sofrerá o mesmo em outros lugares.
Por isso, não consegue reunir forças para denunciar o problema aos superiores ou procurar outro emprego.
Seja na escola, entre familiares ou no ambiente de trabalho, é importante ressaltar que o bullying não é uma brincadeira. Quem sofre e quem pratica as humilhações precisa ser acolhido e receber orientação psicológica. Ao buscar ajuda profissional, agressor e vítima conseguirão entender os motivos de seus comportamentos e encontrar formas saudáveis de se relacionar e de levar uma vida mais feliz.
Se você está sofrendo bullying e está em busca de ajuda, ou conhece alguém que pratica bullying e precisa de orientação psicológica, conheça a clínica de psicologia Desenvolviver.
Criado em 2017, pela psicóloga Fernanda Correa Brito (CRP 06/102387), o consultório de psicologia está localizado próximo ao metrô Santa Cruz, zona sul de São Paulo, e conta com equipe de psicólogas experientes e com diferentes especializações, todas credenciadas no Conselho Regional de Psicologia.
Além do atendimento presencial, a Desenvolviver oferece a psicoterapia online. Para agendar a sua consulta, ligue (11) 98229-5799 ou mande um e-mail para recepcao@desenvolviver.com.
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