Como uma pandemia pode mexer com nosso estado emocional?

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Como uma pandemia pode mexer com nosso estado emocional?

Desde que a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou a pandemia por coronavirus, a vida das pessoas de todo o mundo passou por sérias mudanças. O medo de contrair o vírus ou de transmiti-lo aos outros, principalmente aos entes queridos, tem desestabilizado emocionalmente toda a população.

Atendendo ao pedido das autoridades, grande parte da população entrou em quarentena. O home office foi abraçado por empresas de diferentes segmentos, a movimentação nos transportes públicos sofreu uma queda, escolas e centros culturais fecharam as portas e pessoas estão se isolando até mesmo em diferentes cômodos da casa, para evitar que o vírus se propague.

Por sermos seres sociais, o toque é algo frequente e natural. Um beijo, um abraço, um aperto de mão fazem parte do dia a dia. Porém, a pandemia tem cerceado até mesmo os gestos mais comuns do dia a dia, atingindo em cheio o nosso equilíbrio emocional.

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Pandemia por coronavirus gera medo ou pânico?

A luta contra algo que é invisível, que apresenta sintomas variáveis de pessoa para pessoa e pode até matar, causa medo, o que é previsível. Porém, é importante saber como usar este sentimento a nosso favor. O medo é um aviso que nos deixa alerta e nos prepara para a ação.

A compra de álcool gel e a limpeza frequente das mãos, por exemplo, são atitudes racionais de quem tem medo de pegar a doença e transmiti-la. A necessidade de fazer uma estocagem bem prudente de alimentos e produtos variados também entra nas ações geradas pelo medo.

O importante mesmo é que a pandemia não gere pânico. Isso porque esse sentimento mostra um descontrole total do medo e do modo de agir. Com isso, a pessoa já não sabe mais dizer o que está sentindo ou o que pretende fazer para se sentir mais calma. É preciso planejar as ações e seguir as medidas de segurança para que todos possam passar por essa pandemia com racionalidade e voltem à sua vida normal o quanto antes.

O bombardeio de informação vindas não apenas das mídias mundiais, como de amigos e parentes pelas redes sociais e grupos de whatsapp também gera uma certa ansiedade nas pessoas. Isso acontece porque fazer um filtro do que é realmente verídico e do que é fake news leva tempo, sem contar que temos a impressão de que estamos sempre desinformados.

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Então como podemos lidar com essa pandemia e com tudo que ela traz sem abalar demais o nosso estado emocional?

É preciso manter a calma ao lidar com a pandemia

A impressão que temos hoje é que esse sentimento de prisão vai durar para sempre, que está chegando o fim do mundo. Tememos pela nossa saúde e de nossas famílias e nos sentimos vulneráveis diante de todo esse cenário. E esse sentimento pode gerar pânico e outros doenças sérias como ansiedade e depressão.

O que a população precisa agora é manter a calma e busca informações confiáveis sobre o coronavirus, de forma que as ações de higienização sejam feitas de maneira correta e atenta.

Veja aqui algumas dicas de como amenizar o abalo emocional que a pandemia pode causar:

Use e abuse da tecnologia

Felizmente estamos em um país altamente conectado. Temos à disposição diferentes aplicativos de chamadas por voz e vídeo. Use-os com mais frequência para se sentir mais próximo das pessoas que você ama. Esta forma de comunicação vai confortar o seu coração e fazer com que o distanciamento físico pareça menor.

Marque encontros virtuais

Aproveite os serviços de streaming e TV a cabo e combine com seus amigos ou parentes de assistirem ao mesmo filme ou série e depois façam um bate-papo sobre as suas percepções. Uma vez que os encontros sociais precisam ser modificados para a segurança de todos, combine os comes e bebes de cada um na hora das reuniões e procurem tirar proveito dessas adaptações.

Use a criatividade com as crianças

Os pequenos precisam de atenção, pois nem sempre vão entender os motivos de não poderem brincar com os amiguinhos ou sair de casa. De forma lúdica, explique para eles o que está acontecendo e ofereça atividades que possam educar e preencher o tempo, como desenhar, brincar com lousa e giz, tinta e atividades físicas que possam ser realizadas em casa. Vale tudo para manter as crianças em segurança e felizes.

Muita atenção com os idosos

As pessoas da terceira idade costumam se sentir sozinhas quando os filhos se casam ou ficam viúvas. E se elas são ativas (dirigem, pegam ônibus, viajam e realizam tarefas rotineiras sozinhas), este isolamento pode deixá-las deprimidas, teimosas e irritadas. Procure dar a elas todo o carinho necessário. Se o idoso souber usar a tecnologia, mantenha uma frequência maior de ligações e chamadas de vídeo para que ele tenha o dia preenchido e se sinta acolhido. Se não, caso não haja pessoas contaminadas em casa, leve-o para perto dos parentes e redobre as medidas de higiene e segurança.

Seja solidário

Os países europeus estão dando lindas lições de solidariedade. Essa atitude de sair na varanda para aplaudir os médicos, fazer corais e tocar instrumentos é muito bonita e positiva. Portanto, aproveite este “tempo ocioso” para colocar seu dom a serviço das outras pessoas. Toque um instrumento na varanda em um momento do dia, convide as pessoas a tocarem ou cante músicas alegres. Seu coração vai agradecer e os dos vizinhos também.

Por mais difícil que possa ser, esta crise vai passar se cada um fizer a sua parte, cuidado da higiene e vivendo a quarentena. Lembre-se de que o distanciamento é apenas físico. Vamos precisar ser criativos e utilizar os recursos tecnológicos que temos à disposição para nos sentirmos acolhidos pelas outras pessoas.

Caso você precise de ajuda psicológica para lidar com essa fase difícil que o mundo está passando, você pode conhecer nosso serviço de sessões de psicologia online. Saiba mais sobre ele.

Criada em 2017, pela psicóloga Fernanda Correa Brito (CRP 06/102387), a clínica de psicologia Desenvolviver está localizada próximo ao metrô Santa Cruz, zona sul de São Paulo, e conta com equipe de psicólogas experientes e com diferentes especializações, todas credenciadas no Conselho Regional de Psicologia.

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Fernanda Correa Brito Araujo

Idealizadora e supervisora clínica da Desenvolviver, a psicóloga Fernanda Correa Brito Araujo (CRP 06/102387) tem especialização em Psicanálise Clínica, Neuropsicologia e Psicologia do Trânsito, forte experiência em Perícia Forense, Psicologia Escolar e Recursos Humanos, com passagem por multinacionais como Roche, Allergan e General Eletric do Brasil.

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