Depressão na adolescência: como identificar o problema

Depressão na adolescência

Depressão na adolescência: como identificar o problema

A depressão na adolescência é um assunto que é pouco falado, mas precisa ser levado a sério por pais e professores. Nesta faixa etária, as pessoas estão cheias de dúvidas a respeito do futuro e são pressionadas o tempo todo a tomarem decisões importantes.

Por conta de tantas incertezas, é comum que algumas atitudes não sejam bem-sucedidas e a frustração acaba sendo algo bastante complicado para o jovem assimilar com rapidez e leveza.

Sem saber como lidar com esses altos e baixos e sem o suporte de pais, amigos e professores, o jovem se sente sozinho e sem saída, aumentando as estatísticas da temida depressão na adolescência.

De acordo com informações da Organização Mundial de Saúde (OMS), um em cada cinco adolescentes enfrenta algum desafio de saúde mental, sendo que metade dessas mazelas começa aos 14 anos.

A depressão está na lista das doenças mais incapacitantes entre os adolescentes e o suicídio, um dos pensamentos que norteiam as pessoas diagnosticadas com depressão grave, é a segunda maior causa de morte entre indivíduos de 15 a 29 anos.

 

Como os pais podem identificar a depressão na adolescência?

A juventude é marcada pelas reuniões constantes de amigos, pela pressão de viver a vida com mais responsabilidade e pela descoberta dos sentimentos afetivos. Essa grande quantidade de mudanças pode deixar o adolescente ansioso e cheio de expectativas.

Neste momento, pais, parentes próximos e professores precisam estar por perto e evitar que as decepções mal resolvidas dos jovens evoluam para uma depressão na adolescência.

Os sintomas da depressão na adolescência não são diferentes daqueles que acometem os adultos:

  • Falta de apetite
  • Choro em excesso
  • Apatia
  • Falta de interesse em coisas que antes eram prazerosas
  • Insônia ou sono em excesso
  • Baixa autoestima
  • Forte sentimento de culpa
  • Pensamentos suicidas

No caso dos adolescentes, é possível identificar também uma queda no rendimento dos estudos. Isso porque a depressão deixa o raciocínio mais lento, fazendo com que o aluno assimile com mais dificuldades o conteúdo apresentado em sala de aula.

Um ambiente familiar conturbado, abuso sexual, bullying, trauma emocional, morte de pessoa querida ou falta de afeto também são problemas que despertam a depressão na adolescência.

Outro comportamento que merece atenção é o uso excessivo da internet. Uma vez que a depressão causa isolamento e falta de energia, o adolescente troca o convívio social pela vida virtual, ambiente onde tudo parece perfeito e mais simples do que na vida real.

 

Como evitar a pressão na adolescência?

Nem criança, nem adulto, o jovem precisa de atenção, orientação e supervisão constantes. A depressão na adolescência entra no dia a dia das famílias quando a pessoa não encontra dentro de casa o suporte que precisa para achar as respostas para as dúvidas que surgem a todo momento.

Em um mundo cada vez mais conectado e virtual, o jovem mergulha na internet na expectativa de passar o tempo, ficar antenado sobre os assuntos que mais gosta e conversar com os amigos. Entretanto, a web também pode ser um caminho perigoso, levando adolescentes a terem visões distorcidas da realidade.

O ditado popular “a grama do vizinho é sempre mais verde” é pouco dita entre os adolescentes, mas muito vivenciada, uma vez que a disputa acirrada pelas curtidas nas redes sociais leva o jovem com menos amigos e likes a achar que a vida dos outros é perfeita, mais animada e feliz do que a sua.

Sem condições de competir em pé de igualdade com o que vê na timeline, o adolescente pode se sentir diminuído e até mesmo menosprezado, um sentimento que vira porta de entrada para a depressão na adolescência.

Para fortalecer os jovens contra a depressão na adolescência é essencial que os pais atuem de forma mais presente na vida dos filhos. De acordo com um estudo da Universidade de Cambridge, as amizades e o apoio da família podem prevenir que os adolescentes entrem para as estatísticas desta doença tão séria.

A pesquisa, realizada pelo Departamento de Psiquiatria, observou 322 meninos e 449 meninas e usou um modelo matemático para examinar o impacto das amizades e do apoio familiar, aos 14 anos, em jovens com sintomas de depressão aos 17 anos e que passaram por adversidades na família e bullying na escola.

Os pesquisadores apontaram também que os adolescentes que crescem em ambiente familiar conturbado apresentam mais chances de sofrer bullying na escola.


De que forma a terapia pode tratar a depressão na adolescência?

Sessões de terapia podem ajudar no tratamento da depressão na adolescência. Um profissional credenciado pelo Conselho Regional de Psicologia vai conseguir compreender as dúvidas e problemas dos jovens com neutralidade e auxiliá-lo na busca pelas melhores soluções.

Como os jovens são reticentes na hora de procurar a Psicoterapia, é importante que ele encontre uma profissional que compreenda suas questões, dê valor aos temas que os rondam e consiga ter uma conversa sigilosa com eles.

Criado em 2017, pela psicóloga Fernanda Correa Brito, o consultório de psicologia está localizado próximo ao metrô Santa Cruz, zona sul de São Paulo, e conta com equipe de psicólogas experientes e com diferentes especializações, todas credenciadas no Conselho Regional de Psicologia.

As consultas podem ser particulares ou por convênio. Para agendar a sua consulta, ligue (11) 98229-5799 ou mande um e-mail para recepcao@desenvolviver.com.

Para ler outros assuntos sobre o universo da psicoterapia, clique aqui.

Fernanda Correa Brito Araujo
Fernanda Correa Brito Araujo

Idealizadora e supervisora clínica da Desenvolviver, a psicóloga Fernanda Correa Brito Araujo (CRP 06/102387) tem especialização em Psicanálise Clínica, Neuropsicologia e Psicologia do Trânsito, forte experiência em Perícia Forense, Psicologia Escolar e Recursos Humanos, com passagem por multinacionais como Roche, Allergan e General Eletric do Brasil.

Categorias
Veja também
Contato
Siga Nossas Redes