O processo do Luto

O processo do Luto

O luto é um processo importante para aquele que perdeu alguém ou algo. Quando falamos desse assunto, muitas pessoas entendem o luto pela morte de algum ente querido. Mas, também existe a vivência do luto pela perda de algo importante, seja um emprego, um relacionamento, ou até mesmo algum objeto.

Dentro disso, existem aqueles que lidam melhor com a perda e aqueles que apresentam uma dificuldade maior diante da situação. O individuo enlutado tende a afastar-se das outras pessoas e ficar melancólico. Diante desse fato, é de suma importância que os familiares compreendam  o comportamento da pessoa enlutada e o permita viver todas as fases do luto para que este seja elaborado.  É necessário ter a vivência do luto para que o vazio deixado pela perda seja preenchido. As fases do luto estão relacionadas a negação, raiva, barganha, depressão e aceitação.

1) Negação: o indivíduo acaba negando o problema, tenta encontrar algum jeito de não entrar em contato com a realidade.

2) Raiva: o indivíduo se revolta com o mundo, sente-se injustiçado(a) e não se conforma por estar passando por tal situação.

3) Barganha: Nessa fase o indivíduo passa a negociar com alguém ou até mesmo com si próprio, com a intenção de que aquele problema seja solucionado por meio de promessas de melhoria.

4) Depressão: A pessoa se retira para seu mundo interno, se isolando, melancólica e se sentindo impotente diante da situação.

5) Aceitação: Nesse estágio consegue enxergar a realidade como realmente é, ficando pronto pra enfrentar a perda ou a morte.

Não necessariamente a pessoa passará por todos os estágios do luto, pode acontecer de passar por 1 ou 2 no máximo, porém é importante que alguma dessas fases seja concluída. Vemos muitos casos onde a pessoa que está vivenciado o luto escuta “Não chora!”, “Você precisa ser forte”, “Isso vai passar”. Essas frases precisam ser DESCARTADAS, é imprescindível que vida cada momento, ter raiva quando tiver que ter raiva, chorar quando tiver que chorar, pois por meio da exposição desses sentimentos ela poderá preencher a dor da perda. É um erro querer privar o outro de SENTIR, ter suas emoções. As vezes achamos que são palavras de conforto. Mas, na verdade são palavras de inibição para aquele sentimento.

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Fernanda Correa Brito Araujo

Idealizadora e supervisora clínica da Desenvolviver, a psicóloga Fernanda Correa Brito Araujo (CRP 06/102387) tem especialização em Psicanálise Clínica, Neuropsicologia e Psicologia do Trânsito, forte experiência em Perícia Forense, Psicologia Escolar e Recursos Humanos, com passagem por multinacionais como Roche, Allergan e General Eletric do Brasil.

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