Crise de identidade pós-maternidade: o que fazer?

Crise de Identidade

Crise de identidade pós-maternidade: o que fazer?

Você já ouviu alguma mulher dizer que teve crise de identidade depois que se tornou mãe? Saiba que esse comportamento é mais comum do que se imagina.

O que muitas mães comentam é que elas deixam de ser a Paula, a Ana ou a Maria para se tornarem a mãe da Laura, do Matheus e do Henrique. E essa mudança de nomenclatura pode, sim, impactar o jeito como a mulher se enxerga.

As coisas começam a mudar quando a barriga aponta. Parece que as pessoas deixam de olhar nos olhos da mulher e passam a dar atenção apenas para o pequeno ser humano que está se formando. Muitas vezes, até os assuntos femininos perdem espaço para perguntas curiosas sobre enjoos e possíveis cuidados com o bebê.

Quando a criança nasce, o desafio se torna ainda maior. A felicidade de ter o bebê nos braços se mistura com outras emoções, como medo de não saber o que fazer e as oscilações geradas pelo “baby blues”, nome dado ao comportamento no pós-parto que causa mudanças intensas de humor. Além disso, a atenção é desviada da mãe grávida e vai totalmente para o bebê.

É normal – e, podemos dizer, esperado – que os primeiros meses da maternidade e da maternagem sejam intensos. Mãe e filho estão se conhecendo, as horas de sono não são as mesmas, o tempo parece escasso para tantas mamadas, troca de fraldas, papinhas, vacinas e idas ao médico.

Com todas essas mudanças, o lado mulher às vezes se perde. E é aí que começa a crise de identidade pós-maternidade.

 

Por que a crise de identidade é tão comum depois da mulher se tornar mãe?

Não dá para negar que a vida da mulher muda totalmente com a chegada de uma criança. A relação entre elas é única e intensa e junta-se ao cenário a missão que a mãe abraça de ajudar o pequeno ser humano que gerou a descobrir o mundo, construir sua própria identidade e seu próprio caminho.

LEIA MAIS: Como lidar com as emoções durante o puerpério?

Dentro desse processo que parece infinito – afinal de contas, filho é para sempre – é comum vermos mulheres perderem suas identidades, por não saberem mais encontrar tempo para si em meio aos cuidados com o desenvolvimento da criança. É como se ela se olhasse no espelho e não se reconhecesse mais, não enxergasse aquela mulher que tinha uma autoestima lá em cima e um autocuidado invejável.

Aí começam as autocobranças pela perda de identidade feminina, porque não houve o equilíbrio e o planejamento necessários para que as coisas ficassem mais leves.

LEIA MAIS: Você conhece o poder do amor próprio?

Mas é possível virar esse jogo e superar essa crise de identidade tão comum após o nascimento dos filhos. Veja só:

Entenda que é uma fase

O bebê exige muita doação nos primeiros meses. E tudo bem, é assim que acontece. Mas conforme os dias vão passando, mãe e bebê começam a entrar em uma rotina e as coisas começam a ganhar mais leveza. Se a mulher enxergar todo esse processo como sendo uma fase nova e difícil, porém, passageira, vai conseguir tirar grande aprendizado dela.

Abrace a nova mulher que você se tornou

Ser mãe muda tudo na mulher, tanto física como emocionalmente. Por isso é importante identificar as mudanças que a maternidade trouxe e como elas podem ser inseridas nessa nova fase da vida. Não aceitar as mudanças fará a superação da crise se tornar mais complicada.

Ressignifique as relações

Tudo bem ficar triste quando o grupo de amigas solteiras ou casadas e sem filhos posta foto nas redes sociais no barzinho ou em uma viagem de fim de semana sem você. Ter filhos muda a rotina e isso significa não poder levar a mesma vida de antes. Entenda que ser mãe foi uma escolha e converse com suas amigas sobre isso. A amizade não terminou, vocês só precisam encontrem uma nova forma de transformar a relação.

Não deixe de lado o autocuidado

As primeiras semanas com o bebê são realmente difíceis. Dorme-se pouco e às vezes nem dá tempo de se alimentar direito. Mas o autocuidado é um hábito e se for deixado de lado será difícil recuperar a “boa forma”. Penteie o cabelo, escove os dentes, lave o rosto. É preciso estar bem para cuidar do outro e essas atitudes básicas de cuidado e de higiene fazem a mulher se lembrar do valor que tem.

Aprenda a tirar um tempo para si

Há mulheres que reclamam da solidão que a maternidade traz. Mas quem disse que é proibido pedir ajuda? Nos primeiros meses pós-maternidade a ajuda acaba sendo indireta mesmo – alguém prepara uma comida, estende roupas, lava a louça. À medida que o bebê cresce, as pessoas ficarão mais seguras de ficar com o bebê enquanto você realiza algumas atividades que vão dar um up na autoestima, como uma depilação, um banho mais demorado, pintar as unhas e o cabelo. Se possível, agende esses compromissos. Essa organização fará muito bem.

Faça terapia

Em sessões de terapia você tem a oportunidade de dizer o que está sentindo sem medo de julgamentos. É o momento em que poderá refletir sobre a nova mulher que está se tornando e encontrar maneiras mais leves e assertivas de sair dessa crise de identidade mais forte e cheia de amor próprio.

As transformações do pós-maternidade são realmente desafiadoras, mas não precisam ser enfrentadas de maneira solitária. Se você precisa de orientação para superar a crise de identidade que vida materna pode trazer, venha conhecer a clínica de psicologia Desenvolviver.

Criado em 2017, pela psicóloga Fernanda Correa Brito (CRP 06/102387), o consultório de psicologia está localizado próximo ao metrô Santa Cruz, zona sul de São Paulo, e conta com equipe de psicólogas experientes e com diferentes especializações, todas credenciadas no Conselho Regional de Psicologia.

Além do atendimento presencial, a Desenvolviver oferece psicoterapia online.

Agende sua sessão agora!

 

Picture of Fernanda Correa Brito Araujo
Fernanda Correa Brito Araujo

Idealizadora e supervisora clínica da Desenvolviver, a psicóloga Fernanda Correa Brito Araujo (CRP 06/102387) tem especialização em Psicanálise Clínica, Neuropsicologia e Psicologia do Trânsito, forte experiência em Perícia Forense, Psicologia Escolar e Recursos Humanos, com passagem por multinacionais como Roche, Allergan e General Eletric do Brasil.

Categorias
Veja também
Contato
Siga Nossas Redes