Solidão materna: precisamos falar sobre isso

Solidão materna: precisamos falar sobre isso

A chegada de um bebê é um momento de profunda alegria e transformação na vida de uma mulher. Embora este seja um momento de extrema felicidade, muitas mães enfrentam um desafio silencioso e doloroso: a solidão materna.

Com impacto significativo na saúde mental e emocional das mães, esse sentimento geralmente passa despercebido. Quem vê de fora, acha que está tudo bem, mas internamente, a mulher está tentando sobreviver a todas as mudanças sozinha.

Sozinha porque os amigos desaparecem, os convites para sair não são mais frequentes e as ligações se tornam cada vez mais escassas. Ou, ainda, porque ela, simplesmente, não se reconhece mais.

É uma sensação de estar isolada em um mundo onde ninguém mais se importa e compreende suas necessidades.

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As mudanças com a chegada do filho

Tudo se transforma com a chegada de uma criança. Muitas vezes, as pessoas que estão ao redor não compreendem a intensidade das demandas e responsabilidades que vêm com a maternidade – e o motivo daquela pessoa não conseguir ter uma vida tão ativa.

Isso faz com que, aos poucos, o círculo social da mulher diminua. O ritmo acelerado da vida moderna, somado às obrigações de trabalho e compromissos pessoais, também é um fator decisivo e pode gerar uma desconexão gradual.

A falta de suporte – e de rede de apoio, outrora prometida – também amplia a sensação de solidão. Muitas mães se veem sozinhas, sem o apoio físico e emocional necessário, seja pela distância geográfica da família, pela falta de um parceiro presente ou por outras circunstâncias.

Acontece que a solidão materna não tem a ver apenas com a ausência física. A sobrecarga e insegurança, combinadas com as mudanças hormonais pós-parto, podem aumentar os sentimentos de solidão e inadequação.

Como lidar com a solidão materna

Quando falamos de solidão materna, estamos falando da realidade de muitas mulheres. A alta demanda, a privação de sono e as preocupações constantes levam as mães à exaustão (uma espécie de burnout materno) e a essa sensação de não pertencimento.

É comum nesse cenário que a raiva, tristeza e o luto pela vida que ficou para trás se transformem em uma realidade, embora o amor pela criança recém-chegada permaneça intacto e inabalável – o que, muitas vezes, faz com que esses sentimentos fiquem escondidos.

Aliás, a solidão materna não tem a ver com a ausência de amor pelo bebê. Pelo contrário.

Por isso, é tão importante reconhecer e validar os sentimentos, bem como entender que não há vergonha em buscar ajuda. Todo mundo conhece alguém que passou pelo problema, ainda que não saiba.

Reservar um tempo para si mesma para recarregar as energias e cultivar hobbies ou atividades que tragam prazer é um primeiro passo. A retomada da rotina aos poucos pode trazer a sensação de que o mundo continua ali – e você também.

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Mas é na terapia que as mulheres que sofrem com a solidão materna encontram conforto. Um profissional qualificado pode ajudar as mães a explorarem suas emoções, identificar padrões de pensamento negativos, estabelecer limites e desenvolver habilidades de comunicação e estratégias saudáveis de enfrentamento.

Mais do que um espaço seguro e acolhedor para expressar preocupações e receber apoio emocional sem julgamento, a terapia ajuda as mulheres a se conectarem novamente com elas mesmas e com os outros, sejam eles os amigos, familiares ou cônjuges.

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Criado em 2017, pela psicóloga Fernanda Correa Brito Araujo (CRP 06/102387), o consultório de psicologia está localizado próximo ao metrô Santa Cruz, zona sul de São Paulo, e conta com equipe de psicólogas experientes e com diferentes especializações, todas credenciadas no Conselho Regional de Psicologia.

Além do atendimento presencial, a Desenvolviver oferece psicoterapia online.

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Fernanda Correa Brito Araujo

Idealizadora e supervisora clínica da Desenvolviver, a psicóloga Fernanda Correa Brito Araujo (CRP 06/102387) tem especialização em Psicanálise Clínica, Neuropsicologia e Psicologia do Trânsito, forte experiência em Perícia Forense, Psicologia Escolar e Recursos Humanos, com passagem por multinacionais como Roche, Allergan e General Eletric do Brasil.

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