A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que cerca de 55 milhões de pessoas convivem com algum tipo de demência, sendo a mais comum delas o Alzheimer. Nos últimos anos, o órgão tem alertado para uma tendência de aumento nos casos, especialmente com o envelhecimento da população.
A previsão, aliás, é de que os números globais cheguem a 74,7 milhões, em 2030, e 131,5 milhões, em 2050, de acordo com a Alzheimer’s Disease International, sediada no Reino Unido. E, embora seja grande conhecida da população mundial, a doença ainda sofre com alguns paradigmas e tabus.
O que é o Alzheimer?
Mais comum em pessoas com mais de 60 anos, o Alzheimer é um distúrbio cerebral irreversível e progressivo que afeta as funções cerebrais mais nobres, como memória, comportamento, atenção e capacidade de planejamento e pensamento.
Na prática, as pessoas acometidas pela doença sofrem um declínio do estado geral e tem seu desempenho afetado até mesmo em atividades simples do dia a dia, como comer ou andar. A mudança é visível para quem vive o processo de perto.
O Alzheimer pode ser dividido em três fases: inicial, que consiste basicamente nas alterações da linguagem, aprendizado e concentração; intermediária, que dura aproximadamente entre três e cinco anos e registra uma maior deterioração de memória e sintomas mais pronunciados; e avançada, quando as funções do organismo e cognitivas estão gravemente comprometidas e o paciente fica 100% dependente de outras pessoas.
Embora esta seja uma doença conhecida, ainda não se sabe ao certo sua causa. Por outro lado, existem inúmeros fatores de risco que podem contribuir para o seu aparecimento, como a depressão, traumatismo craniano, isolamento social e sedentarismo. Daí a importância de manter bons hábitos.
Mesmo que não exista uma cura para a doença de Alzheimer, é possível conviver com ela. O tratamento, aliás, envolve o uso de medicamentos e terapias, que ajudam a reduzir o avanço da doença e, em alguns casos, melhoram significativamente o quadro do paciente.
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Papel da psicologia no tratamento de Alzheimer
Estudos recentes relacionam o Alzheimer com outras doenças, como a depressão, por exemplo. Nesse cenário, manter o cuidado com a saúde em dia pode aliviar ou adiar o desenvolvimento da doença.
A psicoterapia, inclusive, atua como agente de mudança importante no desenvolvimento e tratamento do problema, com foco no atendimento ao paciente e ao familiar e/ou cuidador. Assim, ainda que não exista uma cura conhecida para a doença, esta esfera da medicina promove grandes – e importantes – mudanças na forma como as pessoas se relacionam com o Alzheimer.
Para os pacientes, por exemplo, a terapia tem como objetivo atribuir significados para o momento de vida, trabalhando medos, frustrações e outros sentimentos que surgirão à medida que a doença for avançando. A ideia é preservar a identidade do paciente que já está esquecendo das coisas e ressignificar as histórias por meio do treino de memória e reabilitação cognitiva.
A psicoterapia tem um papel fundamental também na vida de quem está vivenciando o processo de perto. Como o Alzheimer é uma doença que ainda não tem cura, é preciso que familiares e cuidadores entendam e aceitem a evolução do problema.
Mais do que trocar experiências, o tratamento permite a exposição de medos e receios. A ajuda profissional confere, também, um novo olhar para a doença, uma vez que é possível receber orientação de tarefas diárias que possam retardar a progressão da doença.
É certo dizer, então, que a psicoterapia permite trabalhar a doença de forma integral, sendo essencial para que o tratamento seja um sucesso. Bem-estar e qualidade de vida para o paciente e sua família em um momento delicado.
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