O contrato analítico entre paciente e Psicólogo

07/03/2018 | Psicoterapia

Quando o Psicólogo está iniciando o trabalho clínico, é comum que tenha dificuldade em fazer cobranças aos pacientes.

Às vezes, o profissional inicia as atividades clínicas com apenas um paciente e o papel de demanda > procura se inverte, o paciente fica sendo mais necessário para o Psicólogo do que o contrário: primeiramente pela questão financeira (é essencial que consigamos nos  sustentar através da profissão que escolhemos), mas também porque aquele paciente é que garante que somos Psicólogos mesmo, torna real o nosso lugar de autorizados a praticar a Psicanálise.

O ato de mensurar financeiramente o trabalho e enquadrar o paciente no setting Psicanalítico pode ser muito desafiador, por isso o contrato entre paciente e Psicanalista é essencial.

 O contrato define direitos e deveres de ambas as partes, porém cabe a cada analista entender se em sua clínica faz sentido apontar um contrato com as mais minuciosas regras ou tratar cada questão com o paciente conforme a demanda for aparecendo. Isso por que os sintomas dos pacientes também serão denunciados na transferência com o Psicólogo e é uma perda de material analítico que poderia ser interpretado.

Tão importante quanto definir valores, horários, férias do paciente e do analista, é preciso levar em conta que subjacentes às questões conscientes, existem fatores inconscientes do paciente.

Fernanda Brito

Fernanda Brito

Idealizadora e supervisora clínica da Desenvolviver, com especialização em Psicanálise Clínica e forte experiência em psicologia escolar e RH. Também promove palestras em empresas e eventos pelo Brasil, falando sobre temas como ansiedade, depressão, conflitos familiares, estresse pós-traumático, bullying, entre outros.

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