Quando o Psicólogo está iniciando o trabalho clínico, é comum que tenha dificuldade em fazer cobranças aos pacientes.
Às vezes, o profissional inicia as atividades clínicas com apenas um paciente e o papel de demanda > procura se inverte, o paciente fica sendo mais necessário para o Psicólogo do que o contrário: primeiramente pela questão financeira (é essencial que consigamos nos sustentar através da profissão que escolhemos), mas também porque aquele paciente é que garante que somos Psicólogos mesmo, torna real o nosso lugar de autorizados a praticar a Psicanálise.
O ato de mensurar financeiramente o trabalho e enquadrar o paciente no setting Psicanalítico pode ser muito desafiador, por isso o contrato entre paciente e Psicanalista é essencial.
O contrato define direitos e deveres de ambas as partes, porém cabe a cada analista entender se em sua clínica faz sentido apontar um contrato com as mais minuciosas regras ou tratar cada questão com o paciente conforme a demanda for aparecendo. Isso por que os sintomas dos pacientes também serão denunciados na transferência com o Psicólogo e é uma perda de material analítico que poderia ser interpretado.
Tão importante quanto definir valores, horários, férias do paciente e do analista, é preciso levar em conta que subjacentes às questões conscientes, existem fatores inconscientes do paciente.