Você incentiva a presença do pai na vida dos seus filhos?

Presença do pai

Você incentiva a presença do pai na vida dos seus filhos?

Neste canal, falamos muito sobre a presença do pai na criação dos filhos: o quanto essa presença é importante, o quanto muitos homens se abstêm desse papel, o quanto as mulheres são sobrecarregadas com a cobrança de suprir a falta deste pai. Mas precisamos parar para pensar: você, mulher, já parou para pensar que exerce um papel fundamental no processo de aproximação entre filha ou filho e pai?

Na configuração da construção dessa sociedade, nos deparamos com grandes paradigmas como o homem como provedor, ou seja, o que sai de casa para trabalhar e garante o sustento da casa. Já a mulher ocupa o lugar de responsável pelo cuidado afetivo das filhas ou filhos – como trocar a roupa, dar comida, ajudar na lição de casa, educar.

A pressão social para que a mulher fique nesse papel é tanta que por vezes caímos nas nossas próprias armadilhas, colocando o pai como incapaz de cuidar dos filhos tão bem quanto a mãe.

Quantas vezes já vimos mulheres dizendo que o pai não consegue ou não sabe ter os cuidados básicos com o filho, como dar banho (“porque vai deixar a criança de afogar”), ajudar nos deveres da escola (“ele logo perde a paciência com a criança”), fazer comida (“meus filhos ou filhas preferem a minha comida em vez da dele”).

Desse modo, a mulher domina a criação dos filhos.

É bem compreensível esse posicionamento feminino: parece que ser mãe é a única atividade que a sociedade aceita que a mulher exerça com mais maestria que o homem.

Por um outro lado, quando a mulher assume que é a única capaz de cuidar das filhas e filhos, ela, inconscientemente, exclui a presença do pai no processo de criação das crianças. Como todo processo inconsciente e irracional, é comum que essa mesma mulher se queixe da falta de participação do pai e se sinta sozinha e única encarregada pela tarefa.

Já pensou nisso?

 

Como aumentar a presença do pai na criação dos filhos?

É importante que a mulher mude o seu olhar sobre suas responsabilidades como mãe.

Sabemos que, de alguma forma, as mulheres costumam ser educadas para se tornarem mães perfeitas e os homens, bons profissionais, mas o mundo mudou! A mulher quer seu espaço no mercado de trabalho e o homem precisa se responsabilizar pelas tarefas de casa (o homem não “ajuda” em casa, ele divide as atividades de cuidado com um lar que também é dele). Esse processo de adequação de papéis é difícil, mas é necessário para uma maior igualdade de papéis e para uma vida mais leve para homens e mulheres.

Se o casal é separado e a guarda do filho ou filha é compartilhada, essa preocupação em tornar o pai mais independente e autossuficiente com a criança também é essencial.

Por isso, eu vou deixar aqui algumas dicas que podem ajudar você, mulher, a incentivar a presença paterna na vida dos filhos:

Note se está tentando controlar tudo

Por um tempo, você pode se colocar no lugar de “líder materna” e orientar o pai como são os primeiros cuidados com a criança, quais podem ser as responsabilidades dele e como as atividades podem ser realizadas. Mais do que saber o que você faz no dia a dia, o pai precisa ver e fazer para aprender. A prática fará com que ele também se sinta seguro na hora de realizar a atividade, sem medo de ser duramente criticado.

O pai não é perfeito. E você também não é

As mães vivem sob forte estresse porque se obrigam a serem perfeitas. Mas tenho certeza de que você já levou seu filho ou filha à escola e esqueceu a mochila dele ou dela em casa, já vestiu a criança com a roupa do avesso ou já perdeu o filho ou filha por alguns segundos no supermercado.

Com o pai pode acontecer o mesmo e ele também pode errar ao realizar alguma ação.

Para isso, é necessário que tenha paciência e entenda que ele, diferente de você, não foi criado para este papel, não brincou de bonecas e não teve fraldas de brinquedo que fizeram com que você participasse de um treino de como ser mãe. Para ele é um novo mundo.

Não desautorize o pai

Se você discordar de todas as atitudes e opiniões do pai na frente do filho ou filha, a tendências é que a criança perca o respeito por ele e o próprio pai pode se sentir dispensável na criação do filho ou filha.

Se você acha que a presença do pai não é a ideal, converse abertamente, mas longe da criança. Alinhe a comunicação para o bom desenvolvimento da criança.

Compreenda o jeito de ser do pai da criança

Evite comparar o pai do seu filho ou filha com outros pais. Cada pessoa tem um ritmo e um jeito de fazer as coisas. Se você consegue trocar a fralda ou preparar o leite do seu filho em 10 minutos, não critique o homem por ser mais lento. Se ele leva mais tempo, mas realiza a atividade com qualidade, é isso que precisa ser levado em consideração.

Deixe o pai sair sozinho mais vezes com as crianças

Você já reclamou que você não consegue sair de casa porque o pai não sabe cuidar das crianças? Isso precisa mudar. A presença do pai, mesmo que espaçada – no caso de pais separados – precisa acontecer, e você não precisa estar monitorando o tempo todo. Ele precisa adquirir responsabilidades para se sentir mais útil no processo de criação.

Permita uma maior aproximação entre o pai e os filhos ou filhas e dê mais espaço para você

Quanto mais apoio você der ao pai, mais tempo terá para si mesma. Quanto mais você incentivar a presença do pai na vida dos filhos ou filhas, mais vai poder sair e jantar com as amigas ou amigos durante a semana, sem sentir raiva do pai da criança que vai jogar futebol todos os sábados.

A presença do pai como cuidador responsável vai deixar a criança segura ao lado dele e você também, que poderá dar mais atenção para o seu lado mulher.

Deixar o controle total não é um processo fácil para muitas mulheres. E isso se deve a vários motivos:

  • Não teve nenhuma ajuda ao longo da vida para resolver problemas.
  • Cresceu numa família na qual a mãe era muito controladora.
  • A presença do pai na vida dessa mulher foi muito pequena.
  • O pai não sabia cuidar dos filhos sozinho e só gritava ou maltratava.

Muitas são as razões para a mulher “sabotar” a presença do pai na vida dos filhos, mas esse comportamento pode ser mudado quando ressignificamos a maternidade em nós mesmas.

E se você acha que precisa de ajuda com a relação pai-mãe-crianças, venha conhecer a clínica de psicologia Desenvolviver.

Criado em 2017, pela psicóloga Fernanda Correa Brito (CRP 06/102387), o consultório de psicologia está localizado próximo ao metrô Santa Cruz, zona sul de São Paulo, e conta com equipe de psicólogas experientes e com diferentes especializações, todas credenciadas no Conselho Regional de Psicologia.

Além do atendimento presencial, a Desenvolviver oferece psicoterapia online.

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Fernanda Correa Brito Araujo

Idealizadora e supervisora clínica da Desenvolviver, a psicóloga Fernanda Correa Brito Araujo (CRP 06/102387) tem especialização em Psicanálise Clínica, Neuropsicologia e Psicologia do Trânsito, forte experiência em Perícia Forense, Psicologia Escolar e Recursos Humanos, com passagem por multinacionais como Roche, Allergan e General Eletric do Brasil.

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