Você já parou para pensar se o que você sente pelas pessoas é amor obsessivo ou amor saudável? Identificar o seu comportamento dentro de uma relação vai ajudar a entender como construir uma vida a dois mais feliz, que traga benefícios tanto para você quanto para a outra parte da relação.
Querer “investigar” a vida de alguém que desperta interesse em você é normal no começo, até para se ter uma ideia de quem é a pessoa e se vale a pena ou não apostar na relação. Mas quando este comportamento não tem fim e começa a interferir em outras tarefas do dia a dia que também são importantes, é preciso ficar atento.
Quando não conseguimos mais viver sem saber se o que o outro está fazendo, que tudo perde o sentido se a pessoa não está, se a atenção do outro é constantemente cobrada, o que chamamos de amor passa a ser obsessão, uma forte carência afetiva.
A pessoa que sofre de amor obsessivo age para satisfazer suas necessidades, sem se importar com o que o outro realmente sente e deseja. Quer estar ao lado da pessoa amada e ponto, mesmo que isso custe a liberdade do outro. Ou seja, o amor obsessivo também é egoísta.
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De onde vem o amor obsessivo?
Muitos são os motivos de uma pessoa desenvolver formas incorretas de demonstrar carinho e afeto. Ao longo da vida, cada um de nós desenvolve um jeito de entender as relações humanas.
A falta de atenção e carinho dos pais durante os primeiros anos de vida pode influenciar nesse comportamento. Afinal de contas, a criança precisou pedir atenção e amor o tempo todo e, quando cresce, leva este mesmo comportamento para as demais relações. Ela passa a acreditar que o amor não é gratuito e cobra constantemente, mesmo que o outro já esteja dando tudo de si.
Relacionamentos amorosos traumáticos também podem desencadear o amor obsessivo. Ao acreditar que a pessoa que apareceu pode ir embora a qualquer momento, assim como as outras que pareciam querer ficar e simplesmente foram embora, inicia-se um sentimento de paixão desesperada e de apego para evitar uma nova perda.
O problema é que essa cobrança constante e esse medo da perda não deixa o amor e toda a sua leveza agir, criando quadros de amor obsessivo e de sufocamento que só prejudicam o desenrolar de uma relação que poderia ser duradoura e feliz.
O amor obsessivo pode e precisa ser tratado
Sabemos que o amor é um sentimento complexo e que leva tempo para nascer. Isso porque ele é sólido e libertador, se manifesta sem cobrar nada do outro.
Já o amor obsessivo faz muito mal para as duas partes envolvidas na relação. A pessoa que perde o controle muitas vezes toma essas atitudes sem perceber e nem sempre aceita que está errada, sob o argumento de que ama demais.
E o fruto da obsessão se sente sufocado e triste, porque até tem interesse em levar a relação adiante, mas acaba desistindo, por não encontrar espaço e leveza para ser quem realmente é.
Outros comportamentos que tornam o amor obsessivo são:
- Tensão constante quando a pessoa está longe;
- Ciúmes excessivo e sem motivo;
- Controle por meio de ligações e mensagens constantes;
- Questionamentos invasivos em vez de conversas agradáveis;
- Medo constante de perda, mesmo quando se está ao lado da pessoa.
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Tratar o amor obsessivo é possível. Para entender o porquê de tanta cobrança e monitoramento, é importante compreender o passado e os gatilhos que desencadearam este comportamento que afasta as pessoas.
Se você quer se livrar deste comportamento de amor obsessivo e construir relações mais saudáveis, venha conhecer a clínica de psicologia Desenvolviver.
Criado em 2017, pela psicóloga Fernanda Correa Brito (CRP 06/102387), o consultório de psicologia está localizado próximo ao metrô Santa Cruz, zona sul de São Paulo, e conta com equipe de psicólogas experientes e com diferentes especializações, todas credenciadas no Conselho Regional de Psicologia.
Além do atendimento presencial, a Desenvolviver oferece psicoterapia online.