O desafio de administrar as culpas maternas

Culpas Maternas

O desafio de administrar as culpas maternas

Você consegue se lembrar de alguma mulher que realizou o sonho da maternidade e sente as chamadas culpas maternas? Talvez você mesma, não é?

Esse sentimento acomete as mulheres que acham que não estão fazendo o suficiente para atender todas as necessidades dos filhos. E o resultado é uma enxurrada de cobranças que impedem o exercício completo da maternidade.

Quando o esperado teste de gravidez dá positivo, a relação entre mãe e filho começa a se estreitar. À medida que a barriga cresce e o bebê vai se mexendo dentro da mulher, ela vai tecendo sonhos e promessas de tornar o mundo dessa criança o mais perfeito possível.

A criança nasce e um mundo novo, cheio de amor e desafios, tem início. E, junto com ele, vem aquela dúvida: será eu vou conseguir colocar em prática todas as promessas que eu fiz lá atrás?

Como a prática das ações não depende só da mulher, começam as culpas maternas.

 

O que são as culpas maternas?

Chamamos de culpas maternas, ou síndrome da impostora materna, o sentimento que toma conta da mãe que não se acha perfeita o suficiente para o filho, que não consegue materializar as coisas do jeito que sonhou enquanto o filho estava na barriga e logo ao nascer. Mas, olha, este sentimento é mais comum do que se imagina, mas precisa ser administrado com cuidado.

A mulher sente culpa quando:

  • Não traz o filho ao mundo do jeito que sonhou.
  • Não consegue amamentar o bebê.
  • Não consegue praticar os primeiros cuidados com perfeição.
  • Não consegue fazer o filho parar de chorar, comer ou dormir.
  • Não consegue dar conta de todas as suas atividades maternais.
  • Não consegue passar mais tempo que deseja com a criança.
  • Não consegue comprar todos os bens materiais que seu filho precisa ou deseja.
  • Precisa sair para trabalhar e é obrigada a deixar o filho pequeno numa creche ou com algum parente/conhecido.

As culpas maternas se tornam ainda mais evidentes para a mulher quando o filho é capaz de verbalizar o que sente. Veja alguns exemplos:

  • Você trabalha demais.
  • Eu sinto a sua falta.
  • Você não me leva (ou me busca) mais na escola.
  • Você não brinca comigo.
  • Você não assistiu à minha apresentação ou ao meu jogo.
  • Você não me coloca para dormir.
  • Você não me dá atenção.

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Em certos momentos, a criança não fala o que sente, mas demonstra a sua chateação com a situação evitando conversar, dizendo que você não gosta mais dela ou impedindo qualquer tipo de gesto, como pegar a mochila ou dar um beijo e abraço.

Cada mulher vai identificar as culpas maternas com base na sua criação e vivência social. Por este motivo, este sentimento terá impactos diferentes em cada uma delas. O equilíbrio emocional é abalado quando a mulher sente que não está se encaixando no papel de mãe imposto por ela mesma, pela família e pela sociedade, sendo cobrada incessantemente pelos pais, parentes e amigos.

A verdade é que a maternidade precisa ser encarada com leveza. Quanto mais cobranças e inseguranças, menor tempo você terá para vivenciar a beleza da maternidade e construir uma relação de qualidade com a criança.

A partir do momento em que a culpa domina a relação maternal, outros sentimentos importantes deixam de ser vivenciados, como o amor, a troca e a ternura.

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Por que as culpas maternas machucam tanto?

A gente vive em um mundo que tenta rotular os papéis de homens e mulheres. Os homens devem sair de casa para trabalhar e as mulheres são educadas para serem cuidadoras de pessoas e da casa. E, se decide trabalhar também, precisa saber administrar todas suas funções com a maior perfeição.

Sabemos que alcançar a perfeição é um processo cansativo e inatingível. Somos seres humanos passíveis de erros e alguma coisa sempre vai deixar de sair do jeito que você, mulher, sonhou. E tudo bem com isso.

Ceder à cobrança da sociedade leva a mulher a ser sufocada pelas culpas maternas, o que faz com que ela não exerça o seu papel de mãe adequadamente e nem os outros que ela deseja e merece.

É importante salientar que a maternidade chega para cada mulher de um jeito. Por isso, é necessário que você encontre o seu para caminho ser a melhor mãe que puder. Existem diferentes formas de amar você deve encontrar a sua e a demonstrá-la do jeito que puder.

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Se você está sendo engolida pelas culpas maternas e não sabe como agir, é importante procurar ajuda profissional. Uma terapia pode levar você a externar este sentimento angustiante a reorganizar as ideias e atividades, de forma que a relação entre mãe e filhos se torne mais saudável e de qualidade.

Portanto, se você precisa de auxílio, ou conhece alguém que precisa de orientação para tratar as culpas maternas, venha conhecer a clínica de psicologia Desenvolviver.

Criado em 2017, pela psicóloga Fernanda Correa Brito (CRP 06/102387), o consultório de psicologia está localizado próximo ao metrô Santa Cruz, zona sul de São Paulo, e conta com equipe de psicólogas experientes e com diferentes especializações, todas credenciadas no Conselho Regional de Psicologia.

Além do atendimento presencial, a Desenvolviver oferece psicoterapia online.

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Fernanda Correa Brito Araujo

Idealizadora e supervisora clínica da Desenvolviver, a psicóloga Fernanda Correa Brito Araujo (CRP 06/102387) tem especialização em Psicanálise Clínica, Neuropsicologia e Psicologia do Trânsito, forte experiência em Perícia Forense, Psicologia Escolar e Recursos Humanos, com passagem por multinacionais como Roche, Allergan e General Eletric do Brasil.

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