Deficiência intelectual: qual o papel do psicólogo?

Deficiência intelectual: qual o papel do psicólogo?

No Brasil mais de 2,6 milhões de pessoas possuem deficiência intelectual ou mental, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Embora atinja homens e mulheres, a prevalência é maior entre o sexo masculino, tanto em adultos quanto em crianças e adolescentes.

Apesar dos números, o tema ainda é cercado por tabus e preconceitos, o que dificulta a inclusão dessas pessoas na sociedade. Aliás, em um passado não muito distante, pacientes com esse tipo de transtorno eram tratadas de forma pejorativa e, muitas vezes, desvalorizadas.

A mudança de nomenclatura de “deficiência mental” para “deficiência intelectual”, feita em 2004, a partir da Declaração de Montreal sobre Deficiência Intelectual, trouxe avanços nesse sentido; mas ainda há muito a ser feito.

Por isso, é fundamental falar sobre o tema e quebrar essa barreira, garantindo que as pessoas tenham acesso aos serviços e ao apoio necessários para uma vida mais independente e saudável.

 

O que é deficiência intelectual?

 

A deficiência intelectual, também conhecida como transtorno do desenvolvimento intelectual, é uma condição caracterizada pelo déficit no funcionamento cognitivo e no comportamento adaptativo, que se manifesta antes dos 18 anos.

Na prática, isso significa que pessoas que sofrem com a condição podem ter mais dificuldade em aprender e entender informações complexas ou aplicar habilidades adquiridas no dia a dia. Da mesma forma, é comum que elas tenham:

  • Dificuldade de expressar ideias, entender regras sociais, resolver conflitos e interagir socialmente;
  • Problemas para desenvolver habilidades ligadas à linguagem, leitura, escrita, matemática, raciocínio, conhecimento, memória;
  • Dificuldade para coordenar movimentos, realizar tarefas como se vestir e se alimentar.
  • Dificuldade para tomar decisões, administrar dinheiro e viver de forma autônoma;
  • Problemas com higiene, alimentação e vestimenta.

Com um quociente de inteligência (QI) abaixo da média (75), é comum que o comportamento dos pacientes com esse tipo de transtorno seja compatível com uma faixa etária inferior.

 

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Como a terapia pode ajudar?

 

Antes de mais nada, é importante entender que a deficiência intelectual não é uma doença, e, sim, um transtorno caracterizado pela limitação cognitiva. Ligada a fatores genéticos ou outros problemas – exposição a substâncias tóxicas durante a gravidez, infecções, traumatismo craniano e outras condições que afetam o desenvolvimento do cérebro – a limitação se manifesta, geralmente, antes dos 18 anos de idade.

Em muitos casos, no entanto, a causa da deficiência intelectual não é identificada e pode ser acompanhada de transtornos mentais, como depressão, bipolaridade e esquizofrenia. Daí a importância do acompanhamento médico e psicológico.

Por meio de atividades específicas, o terapeuta é capaz de estimular e ampliar a capacidade intelectual dos pacientes, contribuindo para que eles conquistem maior autonomia e, consequentemente, mais oportunidades e uma melhor qualidade de vida.

Além disso, a terapia também pode ser essencial para a família. Isso porque, um profissional especializado oferece suporte e orientação aos cuidadores, ajudando-os a compreender a condição da pessoa com deficiência e a lidar com as dificuldades do dia a dia.

Quer saber mais? Na Clínica Desenvolviver você receberá toda a assistência de psicólogas certificadas.

Criado em 2017, pela psicóloga Fernanda Correa Brito Araujo (CRP 06/102387), o consultório de psicologia está localizado próximo ao metrô Santa Cruz, zona sul de São Paulo, e conta com equipe de psicólogas experientes e com diferentes especializações, todas credenciadas no Conselho Regional de Psicologia.

Além do atendimento presencial, a Desenvolviver oferece psicoterapia online.

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Fernanda Correa Brito Araujo

Idealizadora e supervisora clínica da Desenvolviver, a psicóloga Fernanda Correa Brito Araujo (CRP 06/102387) tem especialização em Psicanálise Clínica, Neuropsicologia e Psicologia do Trânsito, forte experiência em Perícia Forense, Psicologia Escolar e Recursos Humanos, com passagem por multinacionais como Roche, Allergan e General Eletric do Brasil.

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