A Síndrome do Imperador está associada à crianças que possuem um comportamento autoritário, começa a se tornar um problema quando alguns sinais são mais evidenciados, especialmente no que se refere a educação dos pais aos seus filhos. Após estudos nós profissionais de Psicologia e Psicopedagogos concluirmos que o problema começa a se mostrar com crianças com idade a partir dos sete anos, que pode ser identificado com sinais de desrespeito, desobediência, birra, maus tratos aos pais e educadores, escolha do programa da TV, autoridade extrema nas brincadeiras entre crianças, escolha das comidas, jogar alimentos no chão, escolher o destino dos passeios/férias, bater a cabeça na parede, escolher o horário de dormir e acordar, entre outras situações.
A síndrome ganha força quando a criança percebe que tem o controle sobre o adulto, fazendo com que cumpram suas exigências, na Psicanálise tratamos o narcisismo infantil que chama atenção para aspectos que transforma a criança num pequeno tirano. O mesmo ocorre quando pais que são inseguros ensinam seus filhos erroneamente, fazendo com que os mesmos entendam que todas as situações são negociáveis, ao invés de colocar limites. Com a “negociação” no começo a criança consegue obter bons resultados, mas ao primeiro sinal que não vão conseguir o que foi colocado poderão sofrer com acessos de raiva, podendo chegar a agressões físicas e também usando de chantagens, insinuando aos seus pais que não são bons o suficiente, mexendo com o emocional dos mesmo com o objetivo de controlar suas emoções, pois de certo modo reconheceram em seus tutores o sentimento de culpa pela falta de disponibilidade para educar e estabelecer normas e limites, assim cedendo o propósito de seus filhos.
Causas psicossociais que podem coroar uma criança com Síndrome do Imperador:
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Falta de tempo dos pais e ou responsáveis: ocorre quando seus progenitores e ou responsáveis não dedicam muito tempo a educação de seus filhos, assim não os possibilitando no estabelecimento de normas e limites, aumentando a questão da culpa pela falta disponibilidade em educar.
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Filho único: a questão aqui não é que a criança seja único filho, mas o fato pode contribuir, pois o mesmo pode auxiliar com que os pais façam sempre a vontade da criança com medo que a mesma sinta-se sozinha, a consciência aqui se apresenta na função do educar, pois caso os pais não auxiliarem a criança em sem desenvolvimento e mantenha a mesma em meio a superproteção que lhe dando inúmeros privilégios podem as transformá-las em “pequenos tiranos”.
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Falta de barreiras: a falta de barreiras claras, podem colocar crianças dentro de uma lógica que tudo pode, com isso nunca entenderam que existem limites que não devem ser cruzados.
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Falta de limites: os limites ajudam com que as crianças possam conferir à segurança, pois ao mesmo tempo que possam se ver poderosas por tudo que podem fazer, chegará um momento que sentiram perdidas, os pais precisam antes de tudo conhecer como atuar com autoridade assim não cedendo todas as vezes que ocorrer uma tentativa de negociação por parte da criança, uma vez que conseguir poderá se acostumar com o feito. Os pais, responsáveis e educadores devem explicar o funcionamento do limite, reforçando os aspectos positivos do mesmo de forma que a criança entenda que até os limites trambelho traz a felicidade.
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Habilidades violentas: em casas que possuem adultos que estão sempre em meio a desentendimentos, onde a criança vivenciam brigas que podem ser geradoras de ameaças, gritos, entre outros males, pode dificultar em uma escuta, em casos como esses os progenitores devem dar exemplo para que a prática não seja registrada como algo normal, assim possibilitando a escuta respeitosa e a entendimento.
Nós Psicólogos acreditamos que para formar crianças, futuros adolescentes e adultos equilibrados é necessário que se comece desde cedo a criação de uma base sólida, para que isso aconteça é imprescindível que se invista tempo e participe de perto da educação de seus filhos, para que seja possível estabelecer hábitos afetivos colocando limites desde cedo, possibilitando que as crianças possam experimentar momentos alegres e outros com pequenas frustrações desse modo que essas sejam reconhecidas e saibam vivencia-las e suportá-las.