“Espelho, espelho existe alguém mais bela do que eu?”
Essa talvez seja uma das frases mais importantes dos contos de fada. Crescemos dando grande importância a beleza e o mais relevante: a sermos atraentes, graciosos e perfeitos.
Olhar no espelho pode fazer despertar os nossos melhores pontos e também os mais horrorosos que tentamos esconder, as imperfeições que vemos e não conseguimos esconder de nós mesmos.
Mas o que fazer quando a preocupação com a aparência se torna algo persistente? E como saber se estamos exagerando?
Alguns dos sintomas significativos são:
· Preocupação extrema com a aparência física.
· Olhar, tocar e medir com grande frequência o “defeito”
· Deixar de lado outros pontos da sua vida, tais como: trabalho, família, amigos, saúde…
· Fixação e ou evitação por espelhos, intensa necessidade por se olhar, para saber se o defeito está chamando a atenção, ou esconder todos os espelhos para não precisar enfrentá-lo
· Camuflar o defeito através de maquiagens, perucas, chapeús entre outros.
· Intensa busca por procedimentos cosméticos e ou cirurgicos para correções do defeito.
Esses são alguns dos sintomas do Transtorno Dismórfico Corporal, um transtorno grave que não é percebido facilmente, principalmente pela dificuldade das pessoas conseguirem falar sobre suas inquietações abertamente.
Comumente pessoas com TDC recorrem à cirurgiões e a dermatologistas diversas vezes, gastando muito dinheiro e se esquivando do convívio social, pois a busca pelo perfeito nunca é alcançada e sempre falta um pouquinho para ajustar, podendo colocar as próprias vidas em risco.
Este é um transtorno doloroso e permeado de tabus, então se faz necessário que as pessoas com esses sintomas sejam acolhidas e procurem ajuda de um profissional para o tratamento psiquiátrico e psicológico adequado.
A “feiura” é resultado da relação que estabelecemos com o belo e o feio. É uma construção social e temporal e, portanto, aceitar nosso corpo como ele é e aprender a achá-lo bonito é possível construir em um processo terapêutico.