Quando o relacionamento com os filhos é ruim

Quando o relacionamento com os filhos é ruim

O relacionamento com os filhos é uma construção conjunta e diária e dependente também da dedicação dos pais. Respeito, afeto, cuidado e, claro, comunicação, são bons exemplos do que deve estar presente nessa jornada, que nem sempre é intuitiva ou fácil.

Na parentalidade, costumamos dizer que os desafios apenas mudam: o choro da madrugada dá espaço para as birras no supermercado e, depois, para a rebeldia da adolescência. E é justamente nessa fase que os problemas ente pais e filhos começam a aparecer, uma vez que o cérebro está em desenvolvimento, especialmente nas áreas responsáveis pelo controle de impulsos e tomada de decisões, o que pode levar a comportamentos impensados e desafiadores.

Os amigos e colegas também se tornam extremamente importantes durante a adolescência e a necessidade de aceitação social pode levar os adolescentes a adotarem comportamentos desafiadores para se encaixarem em um grupo ou para se destacarem.

Da mesma forma, a transição entre a infância e a vida adulta faz com que eles queiram mais liberdade e autonomia, ao mesmo tempo em que estabelecem suas próprias crenças e valores, que podem diferir significativamente dos de seus pais.  Conflitos políticos ou sociais, aliás, podem ser um ponto de discórdia se a comunicação não for boa; mas principalmente se não houver respeito.

E nem sempre é fácil saber como agir da melhor maneira.

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Sinais de uma relação ruim entre pais e filhos

A relação com os filhos é essencial para o desenvolvimento emocional e psicológico das crianças. Na adolescência, pais presentes e envolvidos podem oferecer orientação moral e ética, ajudando a tomar decisões saudáveis e responsáveis.

Por outro lado, na fase adulta, uma relação sólida pode proporcionar um importante suporte emocional para ambas as partes, uma vez que é possível compartilhar experiências, alegrias e desafios, fortalecendo os laços e criando um senso de pertencimento e segurança.

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De um modo geral, relações familiares positivas estão associadas à qualidade de vida e à saúde mental. O contrário também é verdadeiro: um relacionamento ruim com os filhos pode causar danos emocionais, como depressão, ansiedade ou outros problemas de saúde mental.

Por isso, é essencial identificar sinais de que algo não está certo, a fim de melhorar a dinâmica familiar e promover um ambiente mais saudável. Veja alguns exemplos abaixo.

Falta de comunicação

Quando há pouca ou nenhuma comunicação aberta entre pais e filhos, ou quando as conversas são frequentemente interrompidas por desentendimentos, é comum que um dos lados se afaste. Conflitos recorrentes sobre as mesmas questões sem resolução podem, inclusive, ser um sinal de problemas mais profundos.

Desrespeito mútuo, incluindo insultos, depreciação e comportamento desdenhoso, também pode indicar uma relação deteriorada.

Distanciamento emocional

A falta de apoio emocional, prático ou financeiro, e o distanciamento entre pais e filhos evidenciam que algo não está certo. Afinal, compartilhar sentimentos, pensamentos ou experiências pessoais faz parte de uma relação saudável.

Desconfiança

A falta de confiança entre pais e filhos, que pode resultar em vigilância excessiva, invasão de privacidade ou suspeitas constantes, acende um sinal vermelho. Da mesma forma, isolamento e reações exageradas ou defensivas a comentários ou ações podem indicar uma relação tensa e falta de segurança emocional.

Dificuldade de resolver problemas

A incapacidade de resolver problemas ou conflitos de maneira saudável e produtiva, levando a ressentimentos e tensões acumuladas, podem evidenciar um problema e fazer com que os adolescentes, principalmente, se coloquem em situações de risco.

Reconhecer esses sinais é o primeiro passo para melhorar a relação. É importante abordar esses problemas com empatia e a disposição de ouvir e compreender a perspectiva do outro.

 

O que fazer quando o relacionamento com os filhos é ruim?

A maioria das relações são complexas, em maior ou menor grau. Isso não significa que todas elas estão fadadas ao fracasso. Com resiliência, apoio e comunicação é possível seguir em frente de maneira positiva e construtiva.

Antes de mais nada, é importante entender os problemas e suas origens, assim como a dinâmica familiar. Identificar comportamentos prejudiciais, como manipulação emocional, desconfiança, críticas constantes ou falta de respeito, por exemplo, é um primeiro passo. Mas não o único.

Para estabelecer um bom relacionamento com os filhos e fortalecer os laços, criando um ambiente mais positivo, talvez seja necessário reconstruir a confiança e fortalecer os vínculos emocionais.

O apoio de um terapeuta pode ser extremamente útil neste processo. Isso porque, muitas vezes não percebemos como agimos. Estamos condicionados a repetir padrões que desenvolvemos ao longo do tempo e é através da terapia que conseguimos entender como eles se formaram e como afetam a interação entre pais e filhos.

Além disso, um profissional habilitado pode fornecer ferramentas e técnicas de escuta ativa, que incluem ouvir de forma mais eficaz, expressar sentimentos de maneira construtiva e resolver conflitos sem recorrer a estratégias prejudiciais.

A terapia, sem dúvida, oferece um espaço seguro e de apoio para abordar questões conforme elas surgem. Por isso, o acompanhamento contínuo pode ajudar a monitorar o progresso e ajustar as estratégias conforme necessário.

É importante notar, ainda, que em alguns casos é necessário investir em terapia familiar, uma vez que o profissional pode atuar como mediador neutro, ajudando a facilitar conversas difíceis e a resolver conflitos de maneira equilibrada.

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Criado em 2017, pela psicóloga Fernanda Correa Brito Araujo (CRP 06/102387), o consultório de psicologia está localizado próximo ao metrô Santa Cruz, zona sul de São Paulo, e conta com equipe de psicólogas experientes e com diferentes especializações, todas credenciadas no Conselho Regional de Psicologia.

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Fernanda Correa Brito Araujo

Idealizadora e supervisora clínica da Desenvolviver, a psicóloga Fernanda Correa Brito Araujo (CRP 06/102387) tem especialização em Psicanálise Clínica, Neuropsicologia e Psicologia do Trânsito, forte experiência em Perícia Forense, Psicologia Escolar e Recursos Humanos, com passagem por multinacionais como Roche, Allergan e General Eletric do Brasil.

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