É possível desenvolver a maternagem?

Maternagem

É possível desenvolver a maternagem?

Você alguma vez parou para refletir profundamente a respeito da diferença entre maternidade e maternagem?

Eu vou explicar, porque são conceitos bem diferentes. A maternidade tem relação com o ato de gestar e parir uma criança. Já a maternagem vem depois do ato de parir e está totalmente ligada ao ato de cuidar, de dar apoio a essa criança que veio ao mundo.

Eu percebo que muitas mulheres nutrem o sonho de serem mães. Mas para exercer este papel com sabedoria e empenho, é importante entender os inúmeros papéis que uma mãe exerce na vida de uma criança e como eles são praticados.

 

Quando começa a maternagem?

O aprendizado por meio de livros e os conselhos de médicos, amigas e avós são sempre bem-vindos para que a mãe tenha o entendimento do conceito de maternagem. Até porque a troca de informações sempre enriquece, não é verdade? Mas é no exercício diário que essa mãe saberá como inserir e a maternagem na relação com o seu filho.

Quando falamos de maternagem, falamos de algo físico, de presença mesmo. Neste processo estão inseridos o ato de dar o peito, de pegar no colo, de deixar a criança criar uma conexão profunda com o corpo, voz e o cheiro da mãe. A maternidade dá lugar à maternagem a partir do momento em que o bebê é tirado do útero da mãe.

A maternagem vai muito, mas muito além da preocupação com a montagem de um quarto visualmente bonito e confortável, de um estoque de roupas limpas e de uma boa alimentação.

Esses cuidados fazem parte do zelo, do amor, claro, mas é a assistência na construção da saúde emocional e psíquica da criança que estamos falando aqui, da formação dela como indivíduo. E esse processo se dá nos primeiros meses de vida da criança, por meio da doação da mãe, que se porta como ponto de referência para o seu filho.

Maternagem: um acolhimento que pode ser aprendido

A criança quando nasce é altamente frágil, totalmente dependente e só sobreviverá com o acolhimento necessário. Essa doação vai permitir que o filho se sinta acolhido em suas necessidades e construa a capacidade de buscar respostas que ajudem a formar a sua personalidade e a definir seu lugar no mundo.

Remete-se muito a maternagem ao papel da mãe, que foi a pessoa responsável por trazer a criança ao mundo. Porém, podemos perceber que existem casos nos quais esse poder de acolhimento vem de outras pessoas que não são a mãe.

Pode ser o pai, a avó, uma cuidadora, uma amiga da família. Isso porque o dom do acolhimento pode, sim, ser desenvolvido, uma vez que muitos dos nossos sentimentos são praticados e aprimorados com as experiências com as quais nos deparamos ao longo da vida.

O acolhimento de uma criança tem uma relação muto próxima com a empatia, que é a capacidade de se colocar no lugar do outro e entender claramente suas necessidades e anseios.


Maternagem tem prazo?

Estudiosos discutem bastante a respeito da existência de um tempo recomendado de maternagem, até porque cada criança tem o seu tempo, o seu ritmo. Mas o que se sabe é que esse contato físico, esse acolhimento nos primeiros meses de vida, são essenciais para que a criança se sinta segura para desenvolver sua independência. Ela só se sente livre para explorar o mundo que a cerca se tive a certeza de que terá um colo para voltar.

Uma criança que se sente abandonada logo nos primeiros meses de vida tem maiores chances de se sentir insegura em relação a si própria e ao mundo. Essa insegurança pode abrir portas para transtornos de ansiedade e depressão na fase adolescente e adulta.

Pensando nisso, será que maternagem tem prazo? Não. Até porque a maternagem é algo que começa com a mãe, mas não termina nela. O ser humano está sempre em busca de acolhimento e ao longo da sua vida vai buscar novos pontos de apoio para seguir sua vida e se relacionar com o mundo da melhor maneira.

Esse é um dos motivos pelos quais a relação entre mãe e filho é um tema que carrega tantas referências amorosas e, às vezes, traumáticas. Ela é o primeiro conceito de acolhimento que a criança tem acesso. É dela que partem as outras buscas do indivíduo por uma vida mais cheia de significados.

Por isso, nunca é tarde para se doar. Se você não sabe como desenvolver o dom do acolhimento, busque a ajuda da terapia. Com atenção e muito cuidado, você encontrará caminhos para desenvolver esta capacidade tão importante, que permite a construção de relações mais sólidas e felizes.

Aqui na clínica de psicologia Desenvolviver, criada em 2017, pela psicóloga Fernanda Correa Brito (CRP 06/102387), você contará com equipe de psicólogas experientes e com diferentes especializações, todas credenciadas no Conselho Regional de Psicologia.

A consultório de psicologia está localizado próximo ao metrô Santa Cruz, zona sul de São Paulo. Além do atendimento presencial, a Desenvolviver oferece a psicoterapia online.

Para agendar a sua consulta, ligue (11) 98229-5799 ou mande um e-mail para recepcao@desenvolviver.com.

Fernanda Correa Brito Araujo
Fernanda Correa Brito Araujo

Idealizadora e supervisora clínica da Desenvolviver, a psicóloga Fernanda Correa Brito Araujo (CRP 06/102387) tem especialização em Psicanálise Clínica, Neuropsicologia e Psicologia do Trânsito, forte experiência em Perícia Forense, Psicologia Escolar e Recursos Humanos, com passagem por multinacionais como Roche, Allergan e General Eletric do Brasil.

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