Uma pesquisa realizada pela Gympass, empresa de bem-estar corporativo, revelou que 28% dos brasileiros não estão felizes com seus empregos. Outros estudos apontam que a taxa de infelicidade no trabalho é ainda maior entre os profissionais da geração Z. Mas, por que isso acontece?
Alta sobrecarga de tarefas, falta de conexão com os valores da empresa ou com o time, ambiente tóxico, assédio, baixa perspectiva profissional, metas incabíveis e remuneração abaixo da média são alguns bons exemplos de fatores que contribuem para a infelicidade no trabalho. O problema pode estar relacionado também a conflitos com colegas, insegurança, desvalorização profissional e falta de ações que valorizam a diversidade e autonomia.
Para as empresas, o impacto é significativo, já que os resultados no final do dia dependem diretamente do bem-estar dos colaboradores. Para os profissionais, o problema é ainda mais grave: a insatisfação pode gerar emoções e comportamentos negativos, que afetam a vida pessoal e desencadeiam transtornos mentais, como ansiedade, depressão e outros.
O que fazer para minimizar a infelicidade no trabalho?
Um dos sintomas mais evidentes da infelicidade no trabalho é a falta de motivação. O desânimo, o desinteresse em atividades que antes davam prazer e a falta de energia para realizar tarefas simples acendem um sinal de alerta e revelam que algo está errado.
Mas, outros sintomas também chamam a atenção, como a procrastinação excessiva, o cansaço extremo, a dificuldade em se concentrar e, claro, a irritabilidade dentro e fora do ambiente corporativo.
É, na verdade, um ciclo vicioso: de um lado, a sensação de estar preso à mesma rotina todos os dias e a baixa produtividade geram frustração e um sentimento de incapacidade; do outro, a irritabilidade e o cansaço constante causam estresse e tornam difícil manter interações positivas com amigos e familiares.
E é nesse looping que, muitas vezes, as pessoas se perdem e desenvolvem problemas de saúde físico, como dores de cabeça frequentes, insônia e até doenças cardíacas.
Daí a importância de cuidar da saúde do corpo e da mente.
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Como superar a infelicidade no trabalho?
O primeiro passo é, talvez, o mais importante: entender o que está por trás dessa infelicidade. Identificar o gatilho ou o que tem causado essa sensação é essencial para que o problema seja resolvido. Confira algumas dicas abaixo.
Ressignifique seu emprego
Ao contrário do que muitos pensam, o trabalho não é apenas uma fonte de renda. Passamos uma grande parte do nosso dia – e da nossa vida – no ambiente corporativo e se você não estiver fazendo algo que realmente gosta, o sentimento de infelicidade pode prevalecer.
Por isso, é importante tentar ressignificar a função e buscar pontos positivos que envolvem as atividades que você desempenha.
Converse mais
A infelicidade no trabalho pode estar diretamente ligada à dificuldade de se relacionar com as pessoas. É importante criar uma relação saudável com os colegas de trabalho, buscar afinidade, estreitar laços e fortalecer as relações interpessoais.
Outra dica é pedir feedbacks e sugerir melhorias no ambiente de trabalho – uma boa conversa sempre abre novas portas e oportunidades!
Garanta o equilíbrio e estabeleça limites
Estabelecer limites claros entre o trabalho e a vida pessoal, reservar tempo para hobbies e atividades que dão prazer fora do ambiente corporativo pode ajudar a aliviar o estresse e renovar as energias.
Também é importante investir em desenvolvimento pessoal e profissional. Além de fortalecer a marca pessoal, workshops, eventos e cursos podem virar uma chave importante e abrir novas possibilidades.
Como a terapia pode ajudar quem não está feliz no trabalho?
A infelicidade no trabalho pode prejudicar a autoestima e o bem-estar emocional. Afinal, sentir-se constantemente insatisfeito ou subestimado no ambiente profissional pode fazer com que a pessoa duvide de suas capacidades, afetando sua confiança e autopercepção.
A terapia também desempenha um papel importante nesse processo. Além de ajudar a identificar as causas do descontentamento e incentivar o autoconhecimento e o desenvolvimento de habilidades emocionais, como resiliência e autoestima, este é também um espaço seguro para expressar os sentimentos e pensamentos que muitas vezes são reprimidos no dia a dia – sem julgamentos, obviamente.
A busca por estratégias para enfrentar o problema passa, também, por uma autoavaliação. Muitas vezes, o motivo da infelicidade está, de fato, relacionado à carreira em si ou ao emprego atual, sendo necessário ajustar a direção. Seguir outros caminhos profissionais pode parecer assustador, mas pode valer a pena – desde que, é claro, a decisão seja consciente e planejada.
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De uma forma ou de outra, a terapia é uma grande aliada para quem está desmotivado ou ligou o piloto automático e se sente estagnado. Afinal, refletir sobre o passado e o presente é essencial para entender o que se espera do futuro – e para equilibrar as emoções e pensamentos.
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